Trabalho com representação de embalagens descartáveis, Produtos panificação, higiene e Limpeza. Atendo todos os tipos de clientes. Tenho opções para pessoas jurídicas e físicas. Consulte- nos sobre preços, produtos ou alguma dúvida. Terei o maior prazer em ajudar e aprender também! Procuro também por representação do segmento diretamente da indústria.

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terça-feira, 17 de março de 2020

Demanda por refeições prontas cresce nos supermercados

Demanda por água e refeições prontas cresce nos supermercados

O aumento da procura nos supermercados, num cenário de agravamento do coronavírus, não tem se restringido ao álcool em gel. Conforme apurou a reportagem da EXAME, o consumo de itens como água, refeições prontas e produtos de limpeza tem crescido fortemente. Em alguns casos, as vendas apresentam desempenho superior ao registrado no Natal, época mais movimentada do ano. A paulistana Hirota vem registrando, desde a última quinta-feira, 12, um aumento exponencial das vendas em suas 42 unidades da capital, de aproximadamente 30% acima da meta para o período. “Estamos vendendo muito mais do que o esperado, com desempenho semelhante ao do Natal. Podemos afirmar que só vimos situação semelhante durante a greve dos caminhoneiros”, diz Hélio Freddi Filho, diretor de marketing e expansão da rede. Segundo o executivo, o mix de produtos é um pouco diferente agora, com foco em higiene e limpeza, além de carnes, frios, laticínios e bebidas, como água, chás e sucos. “Temos um giro médio de estoques de 45 dias, mas em perecíveis é de aproximadamente 15 dias. Por enquanto, não vai faltar oferta”, garante. Entre os itens que apresentam esvaziamento nas gôndolas está o álcool em gel. “Estamos repondo rapidamente o estoque, há fornecedores ligando para oferecer o produto. Não vamos aumentar preços por falta de oferta”, garante Freddi Filho. O hipermercado Andorinha, de grande movimento na zona norte de São Paulo, também registrou aumento da procura no fim de semana. Além da pessoa física como público principal, cerca de 10% dos clientes da empresa revendem os produtos adquiridos. “Percebemos aumento da procura por álcool em gel e desinfetantes em geral. Estamos acompanhando o movimento e conversando com fornecedores para garantir a oferta”, diz Irineu Balzan, gerente operacional da empresa. A rede carioca de supermercados Guanabara também registrou esgotamento do produto nos últimos dias. “O único item que faltou nas prateleiras foi o álcool em gel, mas o estoque já foi reabastecido”, afirma a empresa em nota, acrescentando que a operação “ainda não sofreu nenhuma alteração em razão do coronavírus”. Procuradas, as associações de supermercadistas Abras (nacional) e Apas (de São Paulo) disseram que não vão se pronunciar sobre os estoques das empresas. Mudança de hábito Nas próximas semanas, os hábitos do consumidor vão mudar. De acordo com Luís Henrique Stockler, da Stockler Consultoria, especializada em varejo, o brasileiro dos grandes centros urbanos vai consumir muito mais delivery e comprar refeições prontas nos supermercados para evitar aglomerações em praças de alimentação de shopping centers e restaurantes. “Os varejistas vão ter de se adequar aos novos hábitos do consumidor, que fará compras maiores e com menos frequência, diferentemente do que acontece hoje. As vendas de pratos prontos vão crescer muito”, avalia. As lojas do Hirota oferecem refeições prontas, que são produzidas em fábrica própria da empresa no bairro do Ipiranga. “Nossa meta de vendas de pratos prontos foi alcançada em 100%, normalmente fica um pouco abaixo do objetivo”, diz Freddi Filho. A rede paulistana, assim como outros gigantes do varejo, também vêm apostando fortemente na venda de refeições prontas ou no chamado grab and go (“pegar e levar”, na tradução do inglês), que é a compra de porções prontas para consumo em casa. O modelo de negócios é propício justamente no período atual, segundo o consultor da Stockler. “A demanda por comidas pré-preparadas vai ter um aumento muito forte. As redes de varejo e seus fornecedores terão de se readequar a este novo momento”, salienta.
Exame - 16/03/2020

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Estudantes desenvolvem embalagem reutilizável para delivery

Estudantes desenvolvem embalagem reutilizável para delivery


Resultado de imagem para Estudantes desenvolvem embalagem sustentável para delivery
Segundo estudo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), sistemas de delivery movimentam cerca de R$ 11 bilhões ao ano. São milhares de entregas feitas por dia em todo o Brasil, de todos os tipos de restaurante. E apesar do conforto que isso gera, há um fator preocupante: a quantidade de embalagens que são descartadas incorretamente diariamente.
Vendo isso, estudantes da Empresa Júnior da Escola Politécnica (POLI) da Universidade de São Paulo (USP), com a startup Re.pote, desenvolveram dentro dos laboratórios da instituição uma solução. São potes reutilizáveis que podem ser usados pelos clientes, ou então devolvidos aos restaurantes mediante a bonificação de desconto.
O grande diferencial, além da possibilidade de reuso, está no material. O pote é feito de PET-PCR, que é um plástico reciclado, como o das garrafas de refrigerante. Por dentro, ele é revestido com uma camada fina de PET virgem para que a comida não tenha contato com o plástico reprocessado. No final, tudo isso pode ir ao micro-ondas.
Preço ainda é barreira
A única coisa que entra como entrave é o custo: com esse plástico mais resistente, o valor da embalagem se torna mais caro. No entanto, pesquisas conduzidas pela própria Empresa Júnior da USP, junto de restaurantes veganos, vegetarianos e saudáveis da região de Pinheiros, mostraram que isso não é um grande problema para o delivery e para clientes.
“ Os donos de restaurantes se mostraram preocupados com a questão da sustentabilidade e disseram que pagariam um pouco mais pela embalagem”, afirma Lívia Leite de Almeida, Diretora de Gestão de Pessoas da empresa. “E o cliente, enquanto isso, poderia optar por uma embalagem comum ou pela reutilizável na hora da compra, mediante uma pequena taxa. Pesquisas da Re.pote indicaram aprovação”, finaliza.
O grande desafio para a Re.pote é encontrar investimento para fazer a injeção de plástico no molde produzido pela Empresa Júnior e, assim, levar a embalagem para restaurantes interessados. Por enquanto, a ideia é fazer um teste de mercado com apenas uma das três embalagens desenvolvidas – tem para lanche, refeição e o específico de poke.
“Fizemos o projeto todo em três pessoas, indo desde o desenvolvimento do produto, passando pela formulação do material e até as pesquisas que conduzimos com restaurantes saudáveis de Pinheiros”, conta Lívia.
(Fonte: Yahoo, 28 de janeiro de 2020)

Bares e restaurantes de São Paulo tentam se adaptar à lei que proíbe uso de descartáveis

Por Paula Monteiro
 



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Bares e restaurantes de São Paulo tentam se adaptar à lei que proíbe uso de descartáveis
Para tentar reduzir a poluição ambiental, a cidade de São Paulo já proibiu o uso de canudinhos de plástico e agora uma nova lei vai proibir que bares, restaurantes e buffets infantis forneçam descartáveis para o consumidor. Os empresários têm um ano para se adaptar à nova legislação, mas a dúvida é: como substituir o plástico sem mexer no custo da empresa e do cliente?
Uma padaria em São Paulo, que funciona 24 horas e recebe quatro mil clientes por dia, já virou referência quando o assunto é sustentabilidade. “A gente sempre colocou canudos biodegradáveis, antes da lei. E as embalagens, principalmente do delivery, a gente já consegue colocar papel, tirando isopor e plástico”, conta a gerente de novos negócios, Thais Marinho.
Agora, com a nova lei, a padaria já começou a fazer adaptações. A primeira mudança foi trocar a colher de plástico pela de metal em todos os cafés e bebidas quentes. Só com essa transição, mais de mil colheres por dia deixaram de ser usadas e descartadas na padaria.
Mas ainda há desafios: achar fornecedores para substituir, por exemplo, os 180 mil copos de plástico e as 32 mil pazinhas usadas pelo consumidor para tomar sorvete. A preocupação é o custo. “Logo que a lei apareceu, os fornecedores já aumentaram muito o valor. A nossa expectativa é que diminua muito no final do ano”, explica Thaís.
Uma fábrica de produtos de plástico descartáveis também está preocupada com a nova lei. “O descartável representa um grande consumo no país. Tem toda cadeia de distribuidores e lojas que comercializam e ninguém sabe o que fazer”, afirma o diretor geral da fábrica, Donizete Mioto.
O volume de vendas na cidade de São Paulo deve cair 30% ou mais por causa da lei. Esse impacto só não vai ser maior porque eles vendem para cidades do país inteiro, onde as vendas ainda são permitidas.
A Associação Brasileira da Indústria do pplástico (Abiplast) acha que só proibir o fornecimento de objetos descartáveis não resolve o problema da má gestão de resíduos sólidos no Brasil. A Abiplast acredita que o grande desafio é fazer o plástico chegar à indústria recicladora e tornar o produto reciclado reconhecido e incentivado.
Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST)www.abiplast.org.br
Plastilânia Indústria e Comércio de Plásticos LtdaRua Lopes da Costa, 580 – Jaçanã
São Paulo/SP - CEP :02279-060
Email: plastilania@plastilania.com.br
Telefone: (11) 4883-8700
www.plastilania.com.br
Padaria Bella PaulistaRua Haddock Lobo, 354, Cerqueira César
São Paulo/SP – CEP: 01414-000
Telefone: (11) 3129-8340
Funcionamento: 24 horas

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Uma reclamação de um cliente pode levar a uma descoberta...

A história começa quando o gerente da divisão de carros da Pontiac, da GM dos EUA, recebeu uma curiosa carta de reclamação de um cliente. Eis o que ele escreveu: 
'Esta é a segunda vez que mando uma carta para vocês, e não os culpo por não de responder. Eu posso parecer louco, mas o fato é que nós temos uma tradição em nossa família, que é a de tomar sorvete depois do jantar.
Repetimos este hábito todas às noites, variando apenas o tipo do sorvete, e eu sou o encarregado de ir comprá-lo. Recentemente comprei um novo Pontiac e, desde então, minhas idas à sorveteria se transformaram num problema.
Sempre que eu compro sorvete de baunilha, o carro não funciona, mas se compro qualquer outro tipo de sorvete, o carro funciona normalmente. O fato é que estou muito irritado com meu Pontiac'.
A carta gerou tantas piadas do pessoal da GM que o presidente da empresa acabou recebendo uma cópia da reclamação. Ele resolveu levar a sério e mandou um engenheiro conversar com o autor da carta. Então, foram juntos à sorveteria no fatídico Pontiac, onde o engenheiro sugeriu sabor baunilha para testar a reclamação e o carro efetivamente não funcionou.
O funcionário da GM voltou nos dias seguintes e só variou o sabor do sorvete. Mais uma vez, o carro só não pegava, quando o sabor escolhido era baunilha.
O problema acabou virando uma obsessão para o engenheiro, que fez experiências diárias, anotou todos os detalhes possíveis e, depois de duas semanas, chegou à primeira grande descoberta: quando escolhia baunilha, o comprador gastava menos tempo, porque não precisava ficar escolhendo o tipo de sorvete.
Examinando o carro, o engenheiro fez nova descoberta: com o tempo de compra reduzido no caso da baunilha, em comparação com o tempo dos outros sabores, o motor não chegava a esfriar. Com isso, os vapores de combustível não se dissipavam, impedindo que a nova partida fosse instantânea.
A partir deste episódio, a Pontiac mudou o sistema de alimentação de combustível e introduziu a alteração em todos os modelos a partir desta linha.
Mais que isso, o autor da reclamação ganhou um carro novo, além da reforma do que não pegava com sorvete de baunilha.
A GM distribuiu também um memorando interno, exigindo que seus funcionários levem a sério até as 'reclamações mais estapafúrdias, porque pode ser que uma grande inovação esteja por trás de um sorvete de baunilha' diz a carta da GM.
Isso serve para as empresas que não têm o costume de dar atenção a seus clientes, tratando-os até mal. Com certeza esse consumidor americano comprará um outro Pontiac, porque qualidade não está dentro da empresa, está também no atendimento que despendemos aos nossos clientes.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Termotécnica é novamente uma das empresas mais sustentáveis do Brasil

A Termotécnica é novamente uma das empresas mais sustentáveis do Brasil


Pelo quarto ano – e segunda edição consecutiva , a Termotécnica está no ranking das empresas mais sustentáveis do país. Com o título “ADEUS AOS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS NAS FÁBRICAS” o Guia Exame de Sustentabilidade 2019 evidenciou a substituição da matriz energética da Termotécnica, de combustível derivado de petróleo por biomassa. Agora 100% de sua fonte energética nas cinco unidades de produção no país é renovável.
Termotécnica obteve nota acima da média e os maiores índices de avaliação foram registrados nos indicadores-chave “Governança da Sustentabilidade” e “Relação com Clientes”. “É um orgulho e também uma responsabilidade muito grande estar neste seleto grupo de empresas que, como a Termotécnica, trazem a sustentabilidade como bandeira”, afirma o Presidente da Termotécnica, Albano Schmidt.
A companhia figura no Guia Exame de Sustentabilidade nas edições 2015 e 2016 e, em 2018, foi destaque como a PME mais sustentável do Brasil e a empresa mais sustentável do setor Químico. A empresa está comemorando duplamente, pois acaba de receber também o resultado do Prêmio Fritz Müller 2019 concedido pelo IMA (Instituto de Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina). A companhia é vencedora na categoria Controle da Poluição Atmosférica, com o case “Energia Renovável expandindo a sustentabilidade”, pela substituição da matriz energética na caldeira de Joinville.
Como uma das maiores indústrias transformadoras de Poliestireno Expandido (EPS) da América Latina e líder no mercado brasileiro deste segmento, tem sua trajetória de 58 anos marcada pelo empreendedorismo, desenvolvimento tecnológico e respeito ao meio ambiente. Com ações alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e signatária do Movimento ODS no Brasil, a Termotécnica caminha para uma direção mais sustentável em todos os pilares.
Produz soluções de embalagens e componentes de conservação em EPS, mais conhecido como isopor, para diversos segmentos da indústria, cadeia do frio e agronegócio na matriz em Joinville (SC), e nas unidades produtivas e de reciclagem em Manaus (AM), Petrolina (PE), Rio Claro (SP) e São José dos Pinhais (PR).
Para a transformação do EPS que é composto por 98% de ar, a utilização de energia térmica na forma de vapor de água é essencial para que o processo produtivo ocorra. Com o objetivo de ter uma tecnologia atualizada, competitiva e ecoeficiente, a Termotécnica mudou a matriz energética em 100% de suas operações industriais.
Dessa forma, substituiu o combustível de origem fóssil por uma fonte renovável característica e abundante em cada região: cavaco de reflorestamento (pinus ou eucalipto), paletes de pós-uso e fibra de coco. No lugar de serem dispostas em aterro industrial, as cinzas resultantes da queima na caldeira agora são reaproveitadas por uma ceramista na fabricação de tijolos ou por produtores rurais como composto de adubo e correção de solo, ampliando para outras indústrias e setores a pegada sustentável.
O projeto de substituição da matriz energética por uma opção mais sustentável considerou toda a cadeia envolvida: origem da matéria-prima, transporte, armazenamento, emissões, custos, geração de resíduos e reutilização dos resíduos resultantes do processo de queima. Como resultado houve a redução do risco de transporte e armazenamento de combustível fóssil, aumento da competitividade e melhoria na qualidade do ar. E como consequência da redução das emissões atmosféricas geradas de SO2 (óxido de enxofre), 98,66% menor, e de NOx (óxido de nitrogênio), 93,05% menor, a liberação destes compostos químicos em forma de gases quase zerou.
Essa é também a segunda vez que a Termotécnica conquista o Prêmio Fritz Müller. Em 2015 foi vencedora na categoria Reciclagem com o case “Programa Reciclar EPS: da logística reversa a novos produtos – como a Termotécnica tornou isso um negócio viável”.  Desde 2007, a companhia realiza o Programa Reciclar EPS, com logística reversa e reciclagem do material em todo o país. Já são mais de 40 mil toneladas de EPS pós-consumo que ganharam um destino mais nobre – ou seja, a Termotécnica é responsável pela reciclagem de 1/3 de todo o material consumido no país.
(Fonte: Logos, 07 de novembro de 2019)

Usar o descartável e descartar de maneira correta...

Rejeição ao plástico cria ‘avenida’ de novos negócios para a indústria de papel

O crescimento do consumo de papel e papelão pelo comércio eletrônico e pela China têm levado a indústria de papel e celulose a ver boas perspectivas no horizonte. Um dos negócios mais promissores para essa área, porém, veio da uma frente incomum: a busca pelo consumo consciente, com a substituição de produtos de plástico pelos de papel. Além dos banidos canudos, outros produtos de plástico descartados após um único uso (como pratos, copos, talheres, canudos e mexedores de bebidas, conhecidos como single-use plastics) têm sido trocados por versões biodegradáveis. Empresas como Suzano e Klabin conseguiram antever o movimento, investiram na área e têm tido bons resultados. O crescimento do consumo de papel e papelão pelo comércio eletrônico e pela China têm levado a indústria de papel e celulose a ver boas perspectivas no horizonte. Um dos negócios mais promissores para essa área, porém, veio da uma frente incomum: a busca pelo consumo consciente, com a substituição de produtos de plástico pelos de papel. Além dos banidos canudos, outros produtos de plástico descartados após um único uso (como pratos, copos, talheres, canudos e mexedores de bebidas, conhecidos como single-use plastics) têm sido trocados por versões biodegradáveis. Empresas como Suzano e Klabin conseguiram antever o movimento, investiram na área e têm tido bons resultados. Para Daniel Sasson, analista de papel e celulose do Itaú BBA, essa é uma tendência clara que tem ganhado força, principalmente a partir de algumas atitudes práticas de governos e entidades. “Vejo esse movimento avançado com mais força na Europa, onde já tem legislação para banir o uso de itens de plástico como canudos e talheres até 2021. É uma pressão global que agora está se convertendo em ações concretas, mas veremos o impacto disso de forma mais gradual para as empresas do setor”, diz. Para o analista, os produtores de papel para embalagens do Brasil estão bem posicionados nesse contexto, em especial a Klabin, que tem negócios mais concentrados nesse mercado do que a concorrente Suzano. Para Daniel Sasson, analista de papel e celulose do Itaú BBA, essa é uma tendência clara que tem ganhado força, principalmente a partir de algumas atitudes práticas de governos e entidades. “Vejo esse movimento avançado com mais força na Europa, onde já tem legislação para banir o uso de itens de plástico como canudos e talheres até 2021. É uma pressão global que agora está se convertendo em ações concretas, mas veremos o impacto disso de forma mais gradual para as empresas do setor”, diz. Para o analista, os produtores de papel para embalagens do Brasil estão bem posicionados nesse contexto, em especial a Klabin, que tem negócios mais concentrados nesse mercado do que a concorrente Suzano. Deganutti afirma que, desde a década de 60, o segmento de embalagens plásticas (single use) cresce entre 5% a 5,5% ao ano em termos globais. “Com a transformação dos hábitos de consumo, uma parte importante desses negócios agora vai em direção a produtos mais sustentáveis”, diz. ‘Frenesi de oportunidades’ A resina usada pela Suzano também começou a ser testada em papeis para catálogos e livros, o que acabou levando ao desenvolvimento do papel para canudo. “Abrimos um novo filão de marcado com o papel para canudo (Loop), mercado que movimenta R$ 200 milhões por ano no Brasil”. Depois do lançamento desse produto, a Suzano foi procurada para que desenvolvesse uma solução que substitua a haste de plástico dos cotonetes. “As oportunidades vão brotando. É quase um frenesi de oportunidades que vão surgindo, sem que consigamos sequer quantificar tudo isso”, diz. No momento, a Suzano tem trabalhado no desenvolvimento de produtos que venham a substituir não apenas embalagens de alimentos, mas saquinhos, bolsas, etc. “Para cada tipo de uso, essa resina precisa ser reformulada”, diz. Ciente da relevância e rapidez dessa mudança de comportamento, a Suzano tem destinado, com a Fibria, 1% do faturamento líquido para a área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. “Estamos evoluindo de forma muito rápida e essas soluções estão brotando nesse ritmo por conta desse investimento”, afirma. A Klabin, por sua vez, desenvolve cinco linhas de pesquisa em seu Centro de Tecnologia inaugurado em junho de 2017, em Telêmaco Borba, no Paraná. Seus pesquisadores têm trabalhado no desenvolvimento de novos produtos e aplicações da celulose; qualidade da madeira; desenvolvimento de novos produtos e aplicações de papéis para embalagem; novas rotas tecnológicas com base florestal; e meio ambiente e sustentabilidade. A indústria brasileira de papel tem crescido na média de 2% ao ano. Com a migração do plástico para o papel, Deganutti, da Klabin, calcula que o segmento de papel deva passar a crescer em torno de 3% ao ano. Entre outros mercados em potencial, o executivo aponta ainda para a indústria de rótulos de plástico, para o qual a Klabin tem desenvolvido um papel mais fino, que pode ser utilizado em garrafas, copos, além de toda uma gama de embalagens para iogurtes, apenas para citar alguns exemplos. Parque Piloto, Melodea e Puma II O parque de Plantas Piloto da Klabin, anunciado no ano passado que prevê a construção de duas fábricas para produção em escala industrial de celulose microfibrilada e lignina, está em fase final de testes. Para fortalecer sua frente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, a Klabin também adquiriu 12,5% da startup israelense Melodea Bio Based Solutions, pioneira na tecnologia de extração de celulose nanocristalina (CNC), produzida 100% a partir de fontes renováveis. Foram investidos US$ 2,5 milhões nessa operação. “Temos trabalhado na produção de papeis mais leves. O plano é fazer mais com menos”, diz o executivo da Klabin, ao revelar que o produto já passou pela fase de testes em escala industrial e deve ser lançado em breve. Já a fábrica de papel que está em construção no Projeto Puma II – expansão bilionária anunciada pela Klabin em Ortigueira, no Paraná -, vai permitir a produção de embalagens 10% mais leves. A primeira etapa do projeto envolve a construção de uma linha de fibras para produzir celulose não branqueada integrada a uma máquina de papel Kraftliner e Kraftliner Branco, que serão vendidos sob a marca Eukaliner, produto 100% de fibra de eucalipto. A capacidade anual será de 450 mil toneladas anuais. A segunda etapa contempla a construção de uma linha de fibras complementar integrada a uma máquina de papel Kraftliner com capacidade de 470 mil toneladas anuais e expansão de algumas estruturas de apoio. Para Grimaldi, da Suzano, estamos apenas no início de uma longa jornada. “Essa é só a ponta do iceberg. Vemos um futuro extremamente fértil no segmento de produtos de papel que vem a substituir as embalagens de plástico”, diz. Dimensão do problema De acordo com levantamento da finlandesa Pöyry, que no ano passado lançou um serviço global de consultoria sobre a substituição de plásticos de origem fóssil, a produção mundial de plástico é de aproximadamente 400 milhões de toneladas por ano. Desse total estima-se que apenas de 14% a 18% esteja sendo reciclado. Na origem do problema, apontam os especialistas, as embalagens – principal destino do plástico consumido pelas indústrias de Alimentos e Bebidas – são as grandes vilãs. Em termos globais, aponta a Pöyry, a indústria de embalagens foi responsável por 47% da geração de lixo plástico no ano de 2017, seguida pelo setor têxtil, que respondeu por 13%. Juntos, os dois segmentos foram responsáveis por 45% da produção de plástico no mesmo período. A consultoria diz que a solução do problema ainda pode estar distante, mas donas de marcas de ponta, como Starbucks, H&M e Tesco, têm finalmente despertado para a gravidade da situação e se posicionado publicamente. Seja substituindo as embalagens plásticas de seus produtos por materiais alternativos com base em fibras naturais ou ampliando esforços na reciclagem do plástico, a movimentação ainda é considerada insuficiente, mas bem-vinda.O Estado de S.Paulo - 29/11/2019